
Nunca cai numa folia, mas me divertia para valer com os acontecimentos da rua: os tradicionais banhos d'água, de pó, as passagens dos ursos, além das pessoas mais ousadas que se vestiam com as roupas mais esquisitas do mundo.
Era uma festa no bairro do Nordeste. Depois presenciei os tradicionais desfiles das escolas de samba dos bairros de Guarabira, os quais aconteciam na Avenida Dom Pedro II. A concorrência era geral, com desfiles sempre transmitidos pelas rádios Cultura e Constelação. Hoje, em Guarabira, não existem os festejos carnavalescos como dantes. A cidade torna-se um deserto... Como não curto a musicalidade carnavalesca atual, acho legal essa monotonia, pois já pensou no caos que seria pessoas que não brincam um carnaval sadio se envolverem com tema, misturando liberdade com libertinagem, sob o som de músicas com tom erótico, de péssima harmonia e duplo sentido? Não dá. O bom mesmo é cair no descanso, ouvir uma boa MPB, pensar na vida, repousar o corpo e o espírito... Isso sim, é que é o verdadeiro espírito de carnaval, perfazendo um pesseio pelo interior de mim mesmo.
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